O que aprendi com a primeira cirurgia de minha vida
14.03.18 - logo após a cirurgia |
1. A saúde é o bem maior. Isso parece meio óbvio. Quando estamos em qualquer situação de fragilidade é que damos real valor à plenitude da vida. O ideal era que não precisássemos sentir frio para perceber a necessidade do cobertor, mas nós, os humanos, precisamos da falta. Eis o desafio: felicitar-se diariamente apenas por não estar ”doente”.
2. A respiração é o alimento da alma. Após vários dias com as narinas quase que totalmente bloqueadas, a gente aprende que os antigos gregos tinham muita razão quando conectavam a respiração diretamente à alma. Que falta faz poder respirar bem, sentir o ar percorrer todo o seu ciclo até a expiração. Cuidar da respiração é cuidar da vida. Não tem jeito de aceitar cigarro ou qualquer coisa que dificulte o elo com a alma.
3. Resiliência e paciência. Imagina ficar numa cama ou num repouso moderado (sem exercícios por 30 dias) para quem não para quieto por 30 minutos e tem o costume de correr 30 km por semana!? Pois é. Foi preciso ou corria-se o risco de hemorragia, dentre outras complicações. Quando algumas situações nos são impostas, a capacidade de se adaptar aliada à calma necessária são virtudes a serem cultivadas.
4. Disciplina. A fórmula do fracasso, nesse caso, é não seguir as recomendações médicas. Por cada omissão, há uma reação. Esqueci, outro dia, de fazer as lavagens nasais no tempo prescrito e à noite não dormi absolutamente nada por dor e dificuldades respiratórias. É preciso ser disciplinado.
5. Confiança. Sempre acreditei que a confiança é um dos motores da existência. Com esta situação cirúrgica, isso se confirmou pra mim. Sem ela nada acontece. Confiança na equipe médica, nos medicamentos, na ciência etc. Ou se tem confiança ou tudo fica muito mais difícil e doloroso.
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