segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Fundo de Participação continua caindo, em Itaguara queda acumulada no ano é superior a 80 mil reais

O início do ano tem se notabilizado pelo aprofundamento da crise dos municípios brasileiros. São recorrentes as matérias veiculadas na imprensa sobre a dificuldade que a maioria dos municípios do país vem atravessando.

A última parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal receita de Itaguara e da maioria das pequenas e médias cidades brasileiras, foi depositado no dia 20/01 e mais uma vez surpreendeu pela forte queda. Em Itaguara, a foi de R$ 35.137,45, de acordo com a CNM (estudo completo no fim desta matéria). Somando-se com a queda do primeiro decêndio do mês, a queda durante o mês de janeiro é superior a 80 mil reais (R$ 80.649,78).

Queda do FPM demonstrada em estudo da CNM.

De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) em comparação com o segundo decêndio de janeiro de 2015, o presente decêndio teve uma queda expressiva de 20,29%, isso em termos brutos e reais. Se for considerado o valor nominal dos repasses e ignorando as consequências danosas da inflação no poder de compra do dinheiro, a queda é de 12,86%.

Em seu site a Confederação alerta: "A CNM ressalta que queda nominal do fundo é extremamente prejudicial aos gestores municipais, pois reduz efetivamente o valor repassado aos Municípios e deixa apenas sobre as prefeituras o ônus de lidar com a inflação. Se somados os valores do 1º e 2º decêndios e do repasse extra do presente mês, nominalmente, o fundo atingiu o montante de R$ 4 bilhões frente aos R$ 5,216 bilhões mesmo período de 2015. Isso representa uma queda nominal de 23,33% e uma queda real ainda mais expressiva: 29,86%".

Prefeito Diego
jan.2016
De acordo com o prefeito Alisson Diego, o cenário difícil está exigindo uma revisão nos investimentos da prefeitura. "Temos um Plano de Investimentos detalhado e com este cenário tenebroso de quedas constantes na arrecadação, estamos sendo obrigados a rever vários investimentos previstos para 2016. Vamos tentar ao máximo manter os investimentos previstos, mas está realmente muito complicado", afirmou.

Previsão pessimista 

No site da entidade, há uma conclusão tenebrosa: "Os primeiros repasses do ano refletem a baixa arrecadação realizada devido as fracas vendas de fim de ano. Além disso, reforça a expectativa revisada da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) de que neste mês o fundo tenha repasses 15,7% menores que no mesmo período de 2015. Esses repasses são um indício de que o fundo será profundamente prejudicado pela crise que se arrasta neste ano."

Leia o estudo completo produzido pela CNM -> Estudo CNM 20/01

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