Encontro que aconteceu em Itaguara reuniu três prefeitos e secretários de saúde
20.08.15 / Prefeitos José Barroso (Cláudio), Alisson Diego (Itaguara) e Geraldo Antônio (Carmópolis) |
Os prefeitos de Itaguara, Cláudio e Carmópolis anunciaram medidas para enfrentar a crise
Na manhã de quinta-feira (20/08), o prefeito Alisson Diego Batista Moraes recebeu, no gabinete do executivo itaguarense, os colegas prefeitos de Cláudio, José Rodrigues Barroso de Araújo e Carmópolis de Minas, Geraldo Antônio da Silva, acompanhados de suas secretárias de saúde.
Itaguara, Carmópolis e Cláudio juntas possuem uma população estimada de 65 mil habitantes, um orçamento público anual acima de 100 milhões de reais e uma economia diversificada e forte. "A integração de nossas administrações sempre aconteceu, e agora diante da crise mais uma vez nos reunimos para estabelecer diretrizes comuns", destacou o prefeito itaguarense.
A crise econômica e as dificuldades orçamentárias municipais dominaram a maior parte dos assuntos debatidos no encontro. Os prefeitos assinaram um protocolo de intenções e decidiram adotar medidas em conjunto para reduzir gastos e garantir o fechamento das contas em 2015, em virtude da queda acentuada de repasses e aumento dos compromissos dos municípios.
Dentre as medidas anunciadas pelos gestores estão: o estabelecimento de pisos regionais de várias categorias, a interação administrativa, cortes no custeio e nas folhas de pagamento e uma discussão regional dos hospitais.
Segundos dados oficiais da CNM (Confederação Nacional de Municípios), este segundo semestre deve ser bastante crítico para os municípios, na medida em que os repasses federais e estaduais deverão cair consideravelmente.
"Precisamos otimizar os nossos orçamentos, fazer ajustes e ao mesmo tempo prestar bons serviços públicos às nossas populações. É um desafio grande diante do momento que vivenciamos, mas conjuntamente estamos buscando soluções", disseram os três prefeitos.
De acordo com vários gestores municipais, em diversas matérias na imprensa nacional, mesmo com os cortes já implementados pela maioria das prefeituras brasileiras, os municípios não têm conseguido adequar seus orçamentos diante da queda brusca das receitas sem afetar a qualidade dos serviços públicos.
"Diante da realidade da maioria das prefeituras, nossa região está até bem, mas é imperativo neste momento adequarmos nossos orçamentos e quando fazemos isso conjuntamente nos fortalecemos", disseram os alcaides.
Prefeitos e secretários discutem medidas comuns diante da crise |
De acordo com dados oficiais da AMM (Associação Mineira de Municípios), cerca de 68% das cidades mineiras, espalhadas por todas as regiões do Estado, aderiram à paralisação da última segunda-feira (24/08). A manifestação que teve o apoio da Associação Mineira de Municípios (AMM), teve como objetivo chamar a atenção do governo federal e dos cidadãos para a crise econômica vivida pelos municípios, principalmente os de pequeno porte.
Em Itaguara, a prefeitura trabalhou normalmente, mas o prefeito Diego afirmou que está solidário com as demais prefeituras e considera que o problema não é pontual: "Somos uma federação e o município é um ente federativo consagrado pela Constituição da República de 1988; precisamos definitivamente rediscutir a desigual distribuição tributária no Brasil, dotando os municípios de efetiva autonomia. O problema atual é grave, mas precisamos compreender que a problemática não é pontual, mas sim estrutural".
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