Pimentel se reuniu com prefeitos da Região Metropolitana de Belo Horizonte e destacou a importância do diálogo e mobilização dos municípios no combate à falta de água
As ações para o enfrentamento da falta de água em Minas Gerais foram discutidas pelo governador Fernando Pimentel, nesta segunda-feira (26), com os prefeitos dos 34 municípios que compõem a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) – localidade mais afetada pelo problema. Durante a reunião, no Palácio Tiradentes, na capital, Pimentel pediu a mobilização das cidades para conseguir atingir a meta de redução de 30% no consumo da água.
Participaram da reunião, além do governador, prefeitos e da presidente da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Sinara Meireles, o vice-governador Antônio Andrade; os secretários estaduais de Planejamento, Helvécio Magalhães; de Transportes e Obras Públicas, Murilo Valadares; da Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende Teixeira; de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Tadeu Martins Leite; e de Governo, Odair Cunha, que também defendeu o diálogo com os municípios.
Além das obras emergenciais que serão realizadas pela Companhia de Saneamento de Minas gerais (Copasa) para diminuir o desperdício da água disponibilizada, atualmente em cerca de 40%, o governador solicitou aos prefeitos que atuem com firmeza nas ações que visem a redução do consumo, revendo práticas e incentivando o uso consciente através de campanhas publicitárias.
O encontro fez parte da nova postura de transparência do Executivo, que abriu as portas para dialogar com a sociedade e com os municípios os problemas enfrentados por eles. Pimentel também solicitou à Copasa que atue junto às prefeituras, fazendo a interlocução da situação e, posteriormente, trabalhe também na preservação de nascentes e no tratamento do esgoto.
O secretário de Estado de Transporte e Obras Públicas, Murilo Valadares, ressaltou, em entrevista após o encontro, a importância da participação dos prefeitos nesse processo. “Qualquer atitude que o governador tomar vai ser de acordo com os prefeitos. A Copasa tem de conversar com os prefeitos. Essa é a nova orientação do governo”, disse.
Valadares destacou ainda que uma das primeiras ações do governo é a utilização da parceria público-privada (PPP) no rio Manso para ampliar em quatro metros cúbicos por segundo a captação de água no rio Paraopeba, com a implantação de uma adutora com quatro quilômetros de extensão. “A Copasa já contratou um estudo para auxiliar nessa solução da captação no rio Paraopeba”, afirmou.
A mobilização e a interação desenvolvida pelo governador foram elogiadas pelos prefeitos, que destacaram o apoio do governo. “Foi a primeira vez que o Governo do Estado convocou a Granbel (Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte) para discutir um assunto tão sério como esse e para buscar soluções. E as soluções todos sabem: primeiro, que de haver investimento em novas captações de água e armazenamento”, disse, também em entrevista, o prefeito de Vespasiano, Carlos Murta.
Murta ainda destacou a preparação do Governo que, juntamente com a Copasa e com a Secretaria de Transportes e Obras Públicas, está planejando o investimento necessário, priorizando a criação de um novo sistema de abastecimento de água. O prefeito também reconheceu a necessidade da participação dos municípios. “Evidentemente, cada prefeito tem de contribuir dentro do seu município, buscando novas soluções. Se não houver a economia e a compreensão do cidadão através de campanhas publicitárias, de chamamento da sociedade, nós vamos ter uma crise que jamais se passou na Região Metropolitana”, destacou o prefeito de Vespasiano.
Nesta semana, Pimentel irá se reunir com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília, para apresentar os projetos do Estado visando contornar o problema da falta de água. A força-tarefa criada pelo Executivo Estadual, composta por secretarias de Estado, empresas e autarquias, está levantando os dados referentes aos recursos necessários para as obras emergenciais e de médio e longo prazo. A presidente Dilma, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e a ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, já manifestaram apoio e a determinação para trabalhar em parceria com o Estado.
A Copasa também iniciou processo junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para a adoção de medidas que possam levar a um consumo mais consciente, forçando a redução da demanda por parte da população. Uma campanha publicitária será veiculada, com o objetivo de conscientizar a população.
Copasa Transparente
Conforme a nova política de transparência, determinada pelo governador Fernando Pimentel e adotada pela nova gestão da Copasa, a empresa criou um site com informações diárias sobre o nível dos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana da capital, prestando contas à população. Os dados podem ser acessados no site www.copasatransparente.com.br. Atualmente, o sistema Paraopeba, que abastece a região metropolitana está operando com 30,26% de sua capacidade. Dos três reservatórios que compõem o sistema, a condição do Serra Azul é a mais crítica, que conta com apenas 5,85% de seu volume.
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