Ode ao Dicionário (A. Diego)
Quão injustos os que o chamam “Pai dos burros”,
Quando na verdade é o “amigo dos sábios”!
Pelos périplos, na imensidão
do Oceano da Linguagem,
ele é o farol rutilante que nos guia
sobre as desventuras nos mares bravios.
Amigo impassível dos parcos escritores anônimos,
conselheiro mudo dos pródigos literatos consagrados.
Predisposto sempre a auxiliar em qualquer prédica.
Irmão mais moço da Gramática,
não é moralista, nem faz juízo algum.
Possuidor de uma vivacidade mórbida...
É um misto entre o prosaico e o imprescindível!
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