Esta semana completaram-se 50 anos da primeira viagem de um ser humano ao espaço. Em 12 de abril de 1961, o russo Yuri Alekseyevich Gagarin abriu precedentes e entrou para a história. Diante deste acontecimento histórico, que fez parte do noticiário mundial nesta semana, lembrei-me de "O Astronauta de Mármore", versão da banda Nenhum de Nós para a clássica canção "Starman", de David Bowie.
Apesar de muito criticada pela "falta de originalidade" (tradução questionável) e distância da letra de Bowie, Astronauta de Mármore marcou uma época, fez grande sucesso e é conhecida até hoje em todo o país. No vídeo abaixo, Nenhum de Nós ao vivo no teatro São Pedro, em Porto Alegre, cantando "O Astronauta de Mármore":
Apesar de muito criticada pela "falta de originalidade" (tradução questionável) e distância da letra de Bowie, Astronauta de Mármore marcou uma época, fez grande sucesso e é conhecida até hoje em todo o país. No vídeo abaixo, Nenhum de Nós ao vivo no teatro São Pedro, em Porto Alegre, cantando "O Astronauta de Mármore":
" (...) Finalmente, em 12 de abril de 1961, às 9h7, hora local, Gagárin foi lançado ao espaço na nave Vostok 1, do cosmódromo Tyuratam-Baikonur. Após uma viagem de uma hora e 48 minutos, aterrissou na aldeia de Smelovka, em Saratskaia. Sua espaçonave descreveu uma órbita com perigeu (ponto mais próximo da Terra) de 181 km e apogeu (ponto mais afastado da Terra) de 327 km, em 89 minutos. Gagárin permaneceu sentado no interior da cápsula esférica que o transportou no espaço até a aterrissagem. Como a nave era totalmente automatizada, o papel do herói do primeiro voo orbital “tripulado” foi de um mero espectador.
Ao contrário do que ocorreu nos cinco voos subsequentes, quando um assento ejetor foi usado a 7 mil metros de altitude, presumivelmente para evitar o violento impacto com o solo, permitindo aos cosmonautas descerem suavemente de paraquedas. A nave com Gagárin desceu, às 10h55, hora local, próximo à cidade de Smelovka, a 23 km de Saratov. Logo depois que a cápsula recuperável atingiu o solo, os cintos de segurança se romperam automaticamente. Gagárin abriu a escotilha e saiu do veículo diante do olhar espantado de uma velha camponesa e de sua filha Rita, que indagou:
- Você veio do céu, por acaso?
- Imagine você que sim - respondeu Gagárin, que logo em seguida foi levado por um grupo de soldados que, mais tarde, instalaram um posto de guarda junto à cápsula. Pouco depois, um helicóptero M14, do grupo de recuperação, pousou nas vizinhanças.
O comissário esportivo – Ivan Borissenko - registrou os primeiros recordes, segundo as regras a Federação Aeronáutica Internacional: recorde de altura: 327 km; de tempo: 108 minutos; de peso do veículo cósmico: 4.725 kg. Logo em seguida, o helicóptero conduziu Gagárin ao aeroporto mais próximo, de onde telefonou para os dirigentes soviéticos. Por volta das 4 horas da tarde, um avião Illiuchin – 14 aterrissou no aeroporto de Kuibychev. Gagárin foi o primeiro a descer do avião.
O enviado especial do Pravda entrevistou-o:
_ Como é o céu, lá de cima?
_ Escuro, camarada, muito escuro? - respondeu.
_ E a Terra, como a viu?
_ Ela é azul. Quando sobrevoava a América do Sul e a África, vi a costa e os grandes lagos. É uma paisagem admirável.
_ Como é o céu, lá de cima?
_ Escuro, camarada, muito escuro? - respondeu.
_ E a Terra, como a viu?
_ Ela é azul. Quando sobrevoava a América do Sul e a África, vi a costa e os grandes lagos. É uma paisagem admirável.
Dois dias depois de sua aterrissagem, Gagárin foi recebido no Kremlin como herói nacional. Sua fama transformou-o num embaixador da alta tecnologia e da coragem soviéticas. Com esse objetivo viajou ao redor do mundo tendo sido recebido nas principais cidades como um herói da humanidade.
Depois de passar por Cuba, Gagárin esteve no Brasil, aonde chegou no dia 29 de julho de 1961. Após visitar Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília voltou em 5 de agosto(...) Ao chegar a Brasília, foi recepcionado por Jânio Quadros, que o condecorou com a Medalha do Cruzeiro do Sul. Depois de contemplar a cidade construída por Oscar Niemeyer, o cosmonauta comentou: “A impressão que tenho é a de estar chegando a um planeta diferente (...)”
(Fonte: site do Jornal do Brasil em 12/04/2011 -> http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2011/04/11/gagarin-50-anos-do-primeiro-voo-espacial-tripulado/ * Ronaldo Rogério de Freitas Mourão )
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