terça-feira, 26 de maio de 2009

Poesia Que Questiona

Poema sobre a constante arte do auto-questionamento, escrita por um aprendiz de poeta, aos 15/16 anos (in Primeiros Poemas, 2006):

Filosofando

Por que o homem não pode chorar?

Por que o padre não pode casar?

Por que o Brasil é subdesenvolvido?

Por que o pobre é tão sofrido?

Por que a vida é uma expiação?

Por que só se chega a Deus através da oração?

Por que há tanta desigualdade social?

Por que uns morrem de fome, enquanto outros se fartam?

Por que os bandidos seqüestram, roubam e matam?

Por que o maior valor deste mundo é o capital?

Por que os homens não entendem as mulheres
e as mulheres não entendem os homens?

Por que nós (seres humanos) não nos entendemos?

Por que o sentimento vem do coração
e da cabeça provém a razão?

Por que a vida é bela para uns e uma cela para outros?

Por que tudo o que é bom ficou no passado?

Por que os nobres valores foram aniquilados?

Por que onde há fumaça há fogo?

Por que Deus não se revela explícito para seu povo?

Por que o bem nem sempre vence o mal?

Por que o conhecimento não é universal?

Por que existem tantos porquês?

Por que tantas perguntas sem resposta?

Por quê, por quê, por quê?

Sei lá, não quero entender...

2 comentários:

Dr. Pedra Lascada disse...

Um bom poema, eu te questiono muito; mas sei reconhecer que você tem seus dons, no mundo todos somos inteligentes mas em assuntos diferentes!

Ney Néri disse...

Poeta, meu poeta camarada
Poeta da pesada, do pagode e do perdão...
Poeta, poetinha vagabundo
Quem me dera todo mundo fosse assim feito você
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Diego, velho, saravá.
Saudações Toquineanas e Buarqueanas ao meu grande brother!!!!!