É complicado falar de política na juventude. Talvez seja até chato esse tipo de assunto. Como jovem, percebo que a política é algo que não nos interessa de imediato. Ao contrário, nas rodinhas do colégio, ou até mesmo na faculdade são poucos os que se interessam por política.
Por que a política é um assunto tão desinteressante assim para a juventude? Será que juventude e política não combinam? Fiz essa mesma pergunta a várias pessoas. Uma professora me disse em tom profético: “Olha, é fácil saber por que a política é assim tão desinteressante para a juventude, afinal de contas, vivemos numa época muito 'normal', isto é, não é como a juventude da minha época que tinha a utopia da igualdade, do socialismo e da luta contra a ditadura militar no Brasil pós-64. Hoje o que há para motivar (politicamente) a juventude”?
Pensei bastante nas palavras dela e até acho que ela tem um pouco de razão. Entretanto, penso que também depende de nós, devemos nos organizar mais e lutar por uma sociedade mais justa e igualitária. Nesse campo, a participação dos jovens em ONGs pode ser uma saída interessante para a inércia por que passa a juventude brasileira atualmente. É isso: Engajar-nos em movimentos sociais, ambientais, (mesmo que não ingressemos em partidos políticos), porque todos queremos um mundo melhor.Basta apenas um impulso de organização para começarmos a atuar mais. A sociedade precisa de nós.
Enfim, a juventude deve ser a fase da rebeldia contra a injustiça, a opressão, a desigualdade e o autoritarismo. Por isso, é fundamental uma maior participação dos jovens na política. Não podemos depender de regimes de exceção para motivar-nos.
* Alisson Diego
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